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por , especial para o LiceuOnline.

Quem me acompanha nas redes sociais deve ter já percebido minha profunda admiração pela Igreja Católica. Qualquer cidade que eu passe, e eu tenho viajado bastante, sempre procuro a paróquia ou basílica principal para visitar e tirar fotos. Me encanta a preocupação estética, geográfica, a demonstração de poder e autoridade, bem como a universalidade. O fato de que, apesar dos dois mil anos de adversidades históricas, apesar da Modernidade e sua tentativa de assassinato que a deixou com uma ferida mortal, permanece firme. São vestígios de uma glória que se passou, mas que as Sagradas Escrituras profetizam que retornará um dia.

Como protestante, fujo um pouco à narrativa tradicional. Não acredito que inventamos a roda, ou que tudo o que viera antes de nós estava errado e só agora descobrimos a Verdade. Isso é historicamente impossível. Além disso, a corrupção é praticamente uma constante antropológica nas institucionalidades humanas. E assim o é nas Igrejas Protestantes, de forma também escancarada. Ou alguém ainda tem dúvidas disso?

E é um fato que praticamente tudo o que se discute hoje, inclusive nas academias, já foi discutido antes pela Igreja. A exemplo disso, me deparei com um trecho do Compêndio da Doutrina Social da Igreja, nas páginas 736 e 737, que vou deixar logo abaixo. Parece Keynes, mas é um excerto da doutrina social da Igreja. E começou a ser escrita em 1891:

É necessário que mercado e Estado ajam de concerto um com o outro e se tornem complementares. O livre mercado pode produzir efeitos benéficos para a coletividade somente em presença de uma organização do Estado que defina e oriente a direção do desenvolvimento econômico, que faça respeitar regras equitativas e transparentes, que intervenha também de modo direto, pelo tempo estritamente necessário, nos casos em que o mercado não consegue obter os resultados de eficiência desejados e quando se trata de traduzir em ato o princípio redistributivo.

A Igreja é o verdadeiro pilar da civilização ocidental, e é por isso que sempre que eu visito uma me sinto como em uma aula de História.

Essa das fotos, tiradas por mim, é a Basílica de Santo Antônio do Embaré, na cidade de Santos-SP, inaugurada em 1945. Não entendo muito do assunto, mas uma amiga arquiteta que me acompanhava disse algo sobre ter sido projetada no estilo da arquitetura neogótica. Uma belíssima obra de arte de pedra e madeira. As fotos falam por si.

 

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Edição - Liceu Online

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